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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Estudar é o Único Caminho



Saudações fraternas.

Quando se fala em educação, muitas vezes nos deparamos com a frase "Estudar é o único caminho". Essa expressão não é apenas um clichê; ela carrega uma profunda verdade sobre o papel transformador que a educação desempenha na vida de indivíduos e sociedades. A educação é a atividade humana mais capaz de promover desenvolvimento, não apenas no sentido profissional, mas também no desenvolvimento pessoal e especialmente social. Neste artigo, vamos explorar como o ato de estudar pode moldar um outro futuro, oferecendo oportunidades e ampliando horizontes.

📌A Educação como Base para o Desenvolvimento Pessoal e Profissional

A educação é frequentemente descrita nas situações cotidianas como um investimento no futuro. Quando uma pessoa escolhe dedicar-se aos estudos, ela não está apenas acumulando conhecimento; está, na verdade, construindo uma base sólida, com competências e habilidades capazes de intervir nas mais diversas demandas da realidade. 

O aprendizado contínuo permite que indivíduos se adaptem a um mundo em constante mudança, onde as habilidades requeridas no mercado de trabalho evoluem rapidamente. Também proporciona a capacidade de transformar a realidade, tendo os princípios e as tradições como elementos basilares para atuação consciente no mundo.

Além disso, a educação promove habilidades críticas, como o pensamento crítico e a resolução de problemas, que são essenciais em qualquer carreira, qualquer relacionamento humano é qualquer formação individual. Ao se deparar com desafios, uma pessoa com educação formal e informal é capaz de analisá-los de forma mais eficaz e desenvolver soluções criativas, adequadas e eficientes. Isso se traduz em realização em suas vidas profissionais, pessoais e cidadãs, onde as empresas, a comunidade e o ciclo próximo valorizam cada vez mais a capacidade de pensar de maneira independente e responsável.

📌O Papel da Educação na Igualdade Social

Outro aspecto crucial da educação é seu papel na promoção da igualdade social. Historicamente, o acesso à educação de qualidade tem sido um fator determinante na perpetuação de ciclos de pobreza e privilégio de riqueza. Em muitas sociedades, as oportunidades educacionais ainda são limitadas para certos grupos, o que resulta em desigualdade econômica e social - como é o caso de nosso Brasil. A educação, portanto, não deve ser vista apenas como uma responsabilidade individual, mas como uma questão social que exige atenção e ação coletiva.

Quando as comunidades investem em educação, isso pode resultar em mudanças significativas na qualidade de vida, de trabalho e de cultura de um povo. Por exemplo, programas de alfabetização e capacitação profissional em regiões menos favorecidas têm o potencial de transformar a vida de milhares de pessoas. Ao oferecer a oportunidade de aprender e crescer, é possível quebrar o ciclo da pobreza historicamente construída e proporcionar um futuro melhor não apenas para os indivíduos, mas para toda a sociedade.

📌Desenvolvimento Pessoal Através da Educação

Estudar não diz respeito apenas ao aprendizado acadêmico, mas também ao crescimento pessoal. A educação oferece uma plataforma para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como empatia, resiliência e autocontrole. Em perspectiva acadêmica, desenvolve habilidades das tradições culturais, científicas, filosóficas e tradicionais Essas habilidades são fundamentais para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. Além disso, a educação promove a diversidade de pensamento e a compreensão intercultural, que são essenciais em um mundo globalizado.

Participar de atividades extracurriculares, como debates, grupos de estudo ou projetos comunitários, pode enriquecer ainda mais a experiência educacional. Essas experiências proporcionam um espaço para que os alunos interajam, discutam ideias e aprendam uns com os outros. Isso não só amplia seus horizontes, mas também os prepara para o trabalho em equipe e a colaboração, habilidades que são cada vez mais valorizadas no ambiente profissional contemporâneo. Mesmo que você, estimado leitor, não esteja em idade escolar, fazer parte constantemente de atividades educativas como as descritas é inevitável para o aperfeiçoamento contínuo.

📌O Futuro da Educação: Desafios e Oportunidades

À medida que avançamos para um futuro cada vez mais incerto, a educação enfrenta desafios significativos. A pandemia de COVID-19 expôs as fragilidades dos sistemas educacionais em todo o mundo, revelando a necessidade urgente de inovação e adaptação. O aprendizado remoto e híbrido se tornaram uma realidade, mesmo revelando suas limitações e insuficiências, as instituições e a sociedade civil precisam se reinventar para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade.

Além disso, a integração de novas tecnologias, como inteligência artificial e aprendizado adaptativo, pode revolucionar a forma como ensinamos e aprendemos. No entanto, é crucial que essas inovações sejam implementadas de maneira equitativa, garantindo que todos os estudantes, independentemente de sua origem, possam se beneficiar dessas oportunidades. Ainda, devemos sempre ressaltar que as novas oportunidades não excluem ou se sobrepõe sobre as metodologias anteriores, é preciso lembrar em todos os momentos que estamos diante de ganhos de complexidade em nossa realidade formativa e não estamos em um momento de troca ou substituição de modelos.

📌Para concluir...

Em suma, "Estudar é o único caminho" é uma afirmação que ressoa profundamente na sociedade atual. A educação não é apenas uma ferramenta para o sucesso individual, mas também um motor de mudança social. Ao priorizar o aprendizado, podemos construir um futuro mais igualitário, mais informado e mais próspero. Portanto, o convite é claro: que todos possamos abraçar a educação como um meio de transformação e crescimento, não apenas para nós mesmos, mas para as próximas gerações.

Espero que tenha gostado deste texto. Caso possa, apoie o nosso projeto comentando, compartilhando e demonstrando o seu engajamento com o texto.

Até breve.
Respeitosamente.
Professor Ricardo

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Ludificação ou gamificação: uma proposta crítica sobre os jogos aplicados na educação


 

Saudações estimados e estimadas.


A gamificação, ou ludificação, surgiu da observação de como os jogos engajam e motivam as pessoas, de todas as idades.  Não há uma pessoa que não se lembre de brincadeiras, jogos e passatempos que eram muito divertidos e de alguma forma fixavam informações em nossa mente. Mas, como grande parte dos elementos de nosso mundo atual, a ludicidade se tornou mercadoria, ganhou contornos de inovação e passou a integrar o cardápio de consumo, inclusive no âmbito educacional.


Muitos educadores (as) relevantes dedicaram seu trabalho sobre o aspecto lúdico e em demonstrar os benefícios de tais mecanismos no processo de escolarização, com resultados expressivos de aprendizagem, de capacidade criativa e de socialização efetiva. No entanto, foi quando os desenvolvedores de software perceberam que elementos como desafios, recompensas e progressão poderiam ser aplicados para consolidar engajamento com atividades de diversas áreas, como a educação, que a expressão gamificação ficou popular e ganhou mercado educacional. 


A ideia da gamificação na educação é relativamente simples, trata de transformar tarefas e atividades em algo mais divertido e interessante, incluindo nestas situações os elementos constituintes de jogos, articulando os saberes sobre entretenimento puro com objetivos pedagógicos/educacionais.


📌Os fundamentos pedagógicos da gamificação ou ludificação:


A gamificação ou ludificação se baseia em princípios psicológicos e pedagógicos que articulam os objetivos com os instrumentos capazes de produzir oportunidades. Está intencionalidade aliada a instrumentos arquitetados são a base tanto de situações de aprendizagem relevantes quanto base de milhares de produtos que passaram a integrar o ambiente educacional. Para distinguir a boa ludificação ou gamificação da má, precisamos refletir sistematicamente sobre o uso da técnica.


Ao transformar o aprendizado em uma experiência lúdica, a gamificação pode despertar a curiosidade e o interesse dos alunos (as), o que pode ser definido como aumento da motivação em situações de ensino e aprendizagem. Precisamos ficar atentos para estes mecanismos não se tornarem técnicas de propagandas que utilizam a interação como elemento manipulador dos desejos, ou seja, quando utilizamos uma tecnologia ou situação de ludificação ou gamificação em ambiente escolar não estamos numa zona neutra e pura de preocupação intelectual e formativa. Na verdade, estamos articulando uma série de objetos intelectuais em favor de um comportamento, por isso, a visão crítica é a única maneira de professores (as) e alunos (as) lidarem com este nosso fenômeno.


Através de desafios, competições e recompensas, os alunos se sentem mais envolvidos com o processo de aprendizagem, afinal, cria-se a sensação de conquistas em prazos curtos, um reforço positivo aos comportamentos estudantis e uma dinâmica de visualização do processo que acontece diante dos olhos do sujeito ativo. O elemento que deve deter a nossa cautela é se as situações propostas geram o efeito inverso, ou seja, gera sensação de frustração em demasia, reforço negativo e desmotivação. 


Ao resolver problemas e superar obstáculos, os alunos e alunas desenvolvem habilidades como criatividade, colaboração e resolução de problemas, evidentemente que atrelados às estratégias propostas na atividade gamificada.


A gamificação permite que os alunos recebam o resultado de sua atividade de modo imediato, revelando características sobre seu desempenho, o que os ajuda a identificar seus pontos fortes e fracos. Esta resposta imediata que a gamificação proporciona pode ser utilizada como um balizador importante para intervenção e melhoria da aprendizagem e deve ser cuidadosamente pensado para não se tornar reforço negativo, afinal o erro é parte fundamental no processo de aprendizagem - ousando ainda afirmar que provavelmente ao longo do processo de ensino e aprendizagem provavelmente mais erramos do que acertamos.


📌 Exemplos de gamificação na educação:


Muitas plataformas online utilizam elementos de gamificação, como pontos, "badges", rankings e níveis, para motivar os alunos a estudar. No entanto, o método não deve ser visto exclusivamente sob a ótica da tecnologia aplicada em sala de aula, mas, sim, deve ser vista como técnica lúdica que pode acontecer sem a mediação de tecnologia.


Simulações de situações reais, como experimentos científicos ou negociações comerciais, permitem que os alunos aprendam de forma prática e divertida. Ou seja, pode ser interessante aos docentes construir situações de aprendizagem onde os (as) estudantes possam participar de modo ativo no processo, onde cada estudante tenha a capacidade de usar os seus saberes já existentes, descobrir procedimentos que ainda não dominam mas podem auxiliar na resolução e, por sim, que estimule a participação de todos no processo.


A criação de quizzes e desafios gamificados torna a revisão do conteúdo mais interessante e interativa. Em suma, ao invés de propor testes repetitivos, estressantes e demasiadamente exaustivos, os professores e professoras podem criar situações onde este tipo de vivência seja mais leve, mais alegre e motivadora. Pode-se usar o mecanismo competição, caso seja interessante para a situação de aprendizagem, ou pode criar uma métrica onde cada estudante desafia a superação de si mesmo, ultrapassando suas próprias dificuldades e evitando a comparação com os colegas.


A utilização dessas técnicas permite criar experiências de aprendizado imersivas e envolventes. Aqui reside a essência metodológica, quando um docente planejar uma situação ludificada ou gameficada, deve cuidar para a prática do estudante ser ativa num contexto que lhe pede tal postura. Os alunos trabalham sozinhos ou em equipe para resolver enigmas e desafios, físicos e intelectuais, aplicando os conhecimentos adquiridos em sala de aula.


📌Benefícios da gamificação e responsabilidades:

 

Estudos em pedagogia e estudos patrocinados por empresas que investem nesta metodologia mostram que a gamificação pode melhorar o desempenho dos alunos em diversas áreas. Já é possível encontrar bibliografia qualificada para conhecer e aplicar de modo responsável tais técnicas de ensino. Mas, precisamos reconhecer que a euforia com as situações lúdicas e gamificadas tem produzido no contexto escolar e até mesmo no seio dos lares um uso sem mediação destes recursos, o que pode gerar efeitos negativos em perspectiva psicológica uma vez que não há controle humanizado dos reforços positivos e negativos que a atividade está provocando.


Ao tornar o aprendizado mais divertido e engajador, a gamificação ajuda os alunos a reter o conteúdo por mais tempo. O que antigamente era tratado como memorização de determinado objeto de aprendizagem ganhou instrumentos novos e mais eficientes para utilização. No entanto, cada tipo de atividade gamificada possui suas virtudes e suas limitações. Por isso, parece-nos importante recomendar que toda e qualquer atividade ludificada ou gamificada deva ser experienciada sob a supervisão de um profissional que possa verificar os impactos das atividades.


A gamificação pode promover o desenvolvimento de habilidades como criatividade, colaboração, comunicação e resolução de problemas, que são essenciais para o sucesso no mundo atual. Lembrando sempre a necessidade de mediação de um profissional capaz de mensurar os efeitos integrais no sujeito e não exclusivamente cognitivos.


📌Considerações Importantes:


É importante encontrar um equilíbrio entre os elementos de jogo e o conteúdo a ser aprendido. Toda prática educacional possui intencionalidade, mas, acima de tudo, toda prática educacional possui a preocupação em formar integralmente o sujeito educando.


A gamificação deve ser adaptada às necessidades e interesses de cada aluno. A personalização pode em muitos momentos evitar a comparação entre os membros de um determinado grupo e levar todos ao objetivo comum da aprendizagem, mas, este é um processo que depende do empenho firme docente e não do meio utilizado para torna a situação lúdica ou gamificada.


Os objetivos de aprendizagem devem ser evidentes e alinhados com os elementos de gamificação. Toda situação de aprendizagem possui bem determinados os objetivos, ou seja, quando aplicarmos esta metodologia ela deve ser compreendida como uma situação momentânea e com prazo de início e fim. Talvez não seja interessante submeter por longos períodos os (as) estudantes submetidos a esta lógica sob a consequência de tornar mais difícil lidar com atividades de outro cunho, tais como os saberes tradicionais exigem como ler por tempos maiores, escrever de maneira individual sem recurso externo, aplicação de metodologias científicas, linguísticas, expressivas, filosóficas e matemáticas.


📌 Por fim...


Em suma, a gamificação é uma ferramenta poderosa que pode transformar algumas situações da educação, tornando-a mais eficaz, engajadora e divertida. Ao utilizar elementos de jogos, a gamificação pode motivar os alunos e alunas, desenvolver habilidades importantes e promover o aprendizado significativo.


Como toda técnica, é preciso dominar os fundamentos, planejar as aplicabilidades e avaliar com cautela os impactos que serão produzidos. Por isso, embora estejamos vivendo uma espécie de euforia das metodologias ativas, da luduficação ou gamificação na educação, devemos ter compromisso com todas as demais dimensões que envolvem os processos educativos, formativos e escolares.


E você, já aprendeu algo de modo lúdico? Que tal contar as suas experiências no campo de comentários abaixo?


#educação; #metodologias ativas; #lúdico; #ludificação; #gamificação; #jogos educativos; #situações de aprendizagem; #responsabilidades com aplicação metodológica.


O seu apoio fortalece o nosso trabalho. Caso possa, ajude este texto a chegar para mais pessoas: Compartilhe, comente e curta!


Até breve.

Respeitosamente/Atenciosamente.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Como estudar através de Fichamento?

 



Saudações!


Estudar corretamente, com método e instrumentos adequados, tornou-se um diferencial em nossos tempos, e, talvez, sempre foi. No entanto, por mais que estejamos em uma era de muitos recursos e ferramentas ainda não podemos afirmar que as pessoas estão estudando mais e melhor. Na verdade, basta uma simples conversa com quem passou as últimas décadas em sala de aula para ouvir uma experiência consistente de como as coisas mudaram neste tempo, especialmente nos tempos e qualidades dos estudos realizados por nossos estudantes (os motivos são muitos para tal afirmação, mas, não é o caso tratar aqui nesta ocasião).


Para contribuir com quem está com dificuldades nesta importante atividade humana estou produzindo esta série de materiais de como estudar. Nesta ocasião, vou tratar de um método antigo, mas que possui qualidade para tratar uma gama considerável de objetos de aprendizagem e são fundamentais para que você possa se qualificar.



📌O que é um fichamento?


Usamos a palavra fichamento ou fichar para indicar uma ação e o resultado desta, na verdade, a ação de fazer fichas, que em nosso caso especial são fichas de estudo.


Fichar é criar um meio organizado de anotações, de seleção de dados, de definições conceituais, de resumo personalizado de um livro, artigo ou qualquer outro material de estudo. É uma ferramenta poderosa para organizar ideias, memorizar informações e facilitar a revisão dada a necessidade do esforço para expressar em um espaço determinado e curto enquanto se realiza o esforço de produção.


O bom fichamento é aquele que concentra o máximo de significados, informações e dados com o mínimo de recursos gráficos - desculpe a definição grosseira, mas é para criar um parâmetro bem definido para o método que é centrado no esforço de aglutinar sentidos e não na estética gráfica (esta última é apenas um recurso e pode ser muito fértil se bem utilizada).


📌Por que e quando fazer um fichamento?


Para melhorar a compreensão. Ao resumir as ideias principais de um determinado objeto de aprendizegem você aprofunda o seu entendimento sobre o assunto.



Para facilitar a memorização: Ao organizar as informações de forma visual e organizada, a memorização se torna mais fácil de acontecer. Afinal, você dedicou tempo de qualidade interagindo com as informações que deseja manter na memória. 


Para realizar a revisão de algo: Com um fichamento bem feito, você encontra rapidamente o que precisa na hora de estudar para provas ou trabalhos, criando uma dinâmica própria e pessoal para a sua aprendizagem.


Quando pretende desenvolver a capacidade de síntese: Ao resumir textos ou outros objetos de aprendizagem, você aprende a identificar as ideias mais importantes e a expressá-las de forma concisa através de uma processo de seleção deliberada.


📌Como fazer um fichamento?


1° Escolha o tipo de fichamento: 


Existem diferentes tipos de fichamentos, como o de citação direta (transcreve trechos do texto), o de resumo (apresenta as ideias principais com suas próprias palavras) e o misto (combina os dois).


Descubra qual o tipo mais adequado ao seu modo de aprender, o mais funcional para as suas necessidades e qual o mais alinhado com os seus objetivos na situação de estudo.


2° Organize suas fichas: 


Crie um modelo de ficha que funcione para você. Inclua informações como título do texto, autor, data, página e o resumo ou citação. Neste momento a preocupação estética pode ser aplicada, mostrando o seu capricho, mas, acima de tudo, criando elementos gráficos que lhe ajudem a realizar a tarefa.


Fique tranquilo, com o tempo é comum que os fichamentos mudem de estrutura, de formas e conteúdos, afinal, conforme conhecer mais a si mesmo, compreenderá os caminhos mais férteis e os recursos mais necessários. 


3° Leia atentamente o texto: 


Sublinhe as partes mais importantes e anote suas dúvidas. É importante entender que a ficha é o produto final neste método, logo, é importante você ter recursos de rascunho e anotações livres antes de concretizar o resultado final.


Não deixe as dúvidas permanecerem dúvidas. Use as suas inferências do objeto de estudo como referência para solucionar as suas dúvidas. Caso não seja possível, isso significa que a sua pergunta não encontrará resposta neste objeto, ou seja, necessitará de novas oportunidades de aprendizagem e estudos. Este processo é contínuo, nem tudo precisa se resolver de uma vez.



4° Resuma ou cite: 


Escreva as informações mais relevantes, usando suas próprias palavras ou transcrevendo trechos do texto. Preocupe-se em manter uma estrutura de linguagem explícita. A ficha é um apoio para entender um objeto de aprendizegem, então, na ficha devemos ter cuidado para dar as "pistas" precisas para que você encontre o que precisa.


5° Revise seu fichamento: 


Verifique se as informações estão corretas e se o resumo é claro e conciso. Caso esteja tudo bem determinado, sua ficha está feita. Caso sinta falta de alguma informação, de alguma indicação ou referência, busque melhorar o seu fichamento e em caso de necessidade refaça-a.


📌Para finalizar o seu fichamento:


Evite copiar grandes trechos do texto original, assim garante o esforço de sua compreensão. Caso precise, cite de forma objetiva, ou seja, selecionando bem a passagem que será transcrita. 


Seja objetivo, assim o fichamento cumpre a sua função de instrumento do seu processo de aprendizagem, mantendo a finalidade de recurso simples que lhe permite saber tudo que tem no material estudado e pode ser consultado numa ocasião futura.


Faça desenhos ou diagramas. Os elementos gráficos podem lhe ajudar a entender melhor uma determinada estrutura sequencial, ciclica, horizontal, vertical ou seja qual for a natureza do raciocínio que esteja estudando.


Utilize diferentes cores. Destaque as ideias principais e facilite a visualização. Busque criar certo padrão de cores para facilitar o momento em que terá que revisitar seus fichamentos, ou seja, se todo conceito você registra de azul e todo exemplo de preto na hora que estiver buscando o conceito ideal para uma situação poderá verificar primeiro a semelhança dos exemplos para posteriormente verificar a adequação ao conceito. Este procedimento pode ser útil em muitas situações diferentes e em várias áreas do conhecimento. 


Revise seus fichamentos regularmente. A verificação e a repetição é a uma auxiliar da aprendizagem. Você poderá aperfeiçoar o seu processo de aprendizagem a cada esforço novo que fizer.


📌 Por fim... sobre o método.


O fichamento é uma ferramenta simples e eficaz para melhorar seus estudos, um excelente método para que você assuma postura ativa diante de um objeto de aprendizegem. Ao dedicar um tempo para organizar suas ideias, você estará investindo no seu sucesso acadêmico.


Lembre-se: O mais importante é encontrar um método que funcione para você. Adapte essas dicas e crie um sistema de estudo personalizado, valorizando suas habilidades já existentes e desafiando a construção de novas.


Gostaria de mais dicas sobre como estudar de forma eficaz?


Palavras-chave: #fichamento #estudar #dicasdeestudo #produtividade #aprendizagem


Ficou com dúvidas? Gostou do conteúdo? Acha que este texto pode ajudar mais alguém? Caso possa e queira, comente, curta e compartilhe para apoiar a produção de conteúdos de qualidade!


Abraços fraternos. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Como estudar? (Parte III - lidar com a falta de motivação)

 


Saudações.





Em nosso último texto desta série destacamos a importância da motivação para os estudos, mas, é evidente que um grupo de pessoas significativamente terá dificuldades para construir a motivação necessária ao estudo por fatores variados e que devem ser enfrentados. Por isso, a ideia da continuidade é trazer para nossa deliberação e reflexão certos aspectos que talvez possam contribuir para quem enfrenta as dificuldades de criar a sua motivação para o bom desenvolvimento dos estudos.


A motivação é um processo complexo influenciado por diversos fatores internos e externos. Dadas as condições de nosso tempo, banalizamos as discussões acerca da motivação, restringindo seu sentido a aspectos de vontade individual ou de supostas ideologias, seja lá o que querem dizer com isso, devido aos discursos oriundos dos muitos charlatões ou de pessoas mal formadas que assumiram protagonismo devido as redes sociais. 


Embora não haja uma fórmula única, nem seja possível diminuir a complexidade do tema, podemos descrever alguns dos principais mecanismos envolvidos no processo construtivo da motivação e detectar mecanismos que podem contribuir na ausência ou falta de motivação que um grupo de pessoas sente, criando alternativas de ações.





A motivação, como já vimos brevemente, é um conceito que descreve a ação humana de reconhecer os motivos pelos quais algo é merecedor de nosso esforço, ou seja, é a íntima relação que cada sujeito estabelece para relacionar aquilo que compreende como parâmetros de existência e determina o esforço que parece razoável para cada ação que se realiza no cotidiano.


Quando sentimentos de falta ou desejo por algo acontecem é comum que o sujeito tenha atitudes que impulsionam a ação. As necessidades podem ser fisiológicas (comida, água, sono), psicológicas (amor, pertencimento, realização) ou sociais (status, reconhecimento, valorização). Logo, desta perspectiva, reconhecer as suas faltas através de um processo genuíno de humildade é vital. Precisamos construir a consciência que sempre falta mais uma aula, sempre falta mais uma leitura, sempre falta mais um passo.  Este reconhecimento não significa uma corrida sem fim, significa o reconhecimento que sempre se chega em um lugar de conquista ao mesmo tempo que são abertas possibilidades para mais uma conquista. Não glorificar uma conquista e não menosprezar os seus próprios feitos.


Somente através de buscas de autoconhecimento e de conhecimento externo é possível delimitar "metas" bem determinadas, que podem ser reconhecidas como desafios que podem ser conquistados, alterando aspectos do comportamento que o indivíduo entenda a importância e a faça com expectativa de sustentar a mudança - evitando recompensas imediatistas que não produzem hábitos virtuosos. Esta busca de autoconhecimento e conhecimento é métrica mínima para que qualquer indivíduo possa estabelecer as ações necessárias para concretizar seus objetivos.


Gerenciar ou organizar as suas próprias expectativas é o que pode lhe causar a motivação necessária para concretizar suas ações. Somente sabendo o quanto você aguenta ler num dia você poderá saber se dá conta de tudo que gostaria para aquela unidade de tempo determinada e, ainda, caso reconheça uma incapacidade, você poderá delimitar um plano mais adequado ao seus desenvolvimentos. Isso vale para a leitura, para a quantidade de aulas, para a quantidade de escrita, para a qualidade das relações e participações em atividades educativas.


Estabelecer valores tem haver com a importância que você atribuiu a situação, quais os objetivos e a intensidade que tal objetivo possui em sua existência. Quanto maior o valor que você atribuir a algo, maior a sua força interna e disposição para o esforço. Ainda, todo o esforço feito por você receberá alguma recompensa ou alguma consequência negativa, desta forma, criar oportunidades de fortalecer os comportamentos desejados, reconhecendo os benefícios de suas ações fará a sensação boa do estudo. Estudar é muito bom, mas algumas pessoas ainda não descobriram isso...


Use sempre as suas emoções como métrica, aproveite os entusiasmos, as esperanças e confianças para aumentar a produtividade do estudo. Use seu medo, suas frustrações e tristezas como sinais que permitem reconhecer aquilo que precisamos trabalhar para evitar nas situações de estudo.






A motivação é um processo dinâmico e multifatorial. Ela se desenvolve a partir da interação entre necessidades, objetivos, expectativas, valores, reforço e emoções. Compreender os mecanismos da motivação é fundamental para promover o engajamento e o desempenho em diversas áreas da vida. Por isso, dedique um tempo de sua vida para cuidar de seu autoconhecimento e suas capacidades de compreender o mundo, assim você poderá ter as melhores ferramentas para enfrentar os seus desafios de vida.


Gostaria de saber mais sobre algum aspecto específico da motivação? Caso queira, comente aqui neste texto que poderei produzir mais textos para esclarecer as suas dúvidas. Por fim, caso possa, comente o que achou do texto, faça críticas, compartilhe com quem acha que pode gostar deste conteúdo.


Atenciosamente/Respeitosamente

Prof. Ricardo de Jesus Lopes



Ler não é estudar, mas pode ser com o uso de técnicas

Muitas pessoas confundem ler com estudar. Embora existam vínculos e vivências muito próximas, a leitura e o estudo funcionam de formas difer...