Do ponto de vista acadêmico uma das maneiras de posicionar uma pesquisa diante da comunidade científica é divulgar entre seus pares. Com a contribuição crítica dos comentários, das revisões e das apreciações pelos pares o pesquisador (a) ganha referências para continuar construindo sua trajetória intelectual.
Para nós educadores (as) e professores (as) divulgar boas práticas pode ter um sentido similar. Ao divulgar as nossas ações educacionais formativas abrimos caminhos para que os pares dialoguem conosco em nome do avanço de nossas ações.
Por isso, neste momento, parece-nos importante significar uma prática estimulada em nossa instituição de registrar para os Coordenadores de área e para o Coordenador Geral as boas práticas desenvolvidas, ampliando o escopo de nossa visibilidade. Expor para o público geral, constituído por pares e por qualquer outro interessado, nossas realizações pode significar uma expressão de confiabilidade de nosso trabalho, assim como abre a perspectiva de que posicionamentos críticos refinem o nosso fazer formativo.
Valendo-se de uma dinâmica democrática, disponibilizar publicamente as nossas práticas pode abrir uma possibilidade de diálogo com a comunidade docente e com a comunidade geral, exaltando valores de participação na construção de processos educativos desenvolvidos em escolas públicas. Evidentemente, as práticas que iremos expor estão alicerçadas em convicções e fundamentos academicamente construídos ao longo de nossa formação acadêmica e de nossa fazer cotidiano, o que busca legitimar a eficácia dos métodos utilizados para cumprir as finalidades de nosso ofício sendo então consolidadas em diversas formas de legislações vigentes, de saberes científicos consagrados e de experiências exitosas nas práticas educacionais.
Nesta segunda publicação contamos com a contribuição de alguns professores (as) da área de Ciências Humanas da E.E. Alberto Torres, sendo: Professora Regina (História), Professor Euler (Geografia), Professor Renan (Sociologia) e Professor Ricardo (Filosofia).
O registro que segue está no formato que utilizamos na instituição, cumpre a finalidade de expor em linhas gerais o procedimento e é de certa forma uma narrativa:
Nome do Professor(a): Regina Maria Acquarone
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Componente Curricular: História
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Turma: 2ªs séries
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Evidências:
Atividade anexa: Leitura e interpretação de texto: “O encontro entre europeus e os povos indígenas”
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Objeto de aprendizagem do Currículo:
O encontro entre os europeus e os povos da América - interações culturais
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Descrição da Boa Prática:
1- Contextualização: Questionei os alunos sobre a questão das terras indígenas, hoje, no Brasil. Se é importante a sua presença e valores para a preservação das florestas. Lembrei que abril é o mês da consciência indígena e informei sobre atividades/exposições que estavam ocorrendo na cidade sobre esse tema.
2 - Fizemos leitura de textos do livro sobre os povos indígenas na época da chegada dos europeus e a impressão que estes tiveram. Debatemos a questão do eurocentrismo.
3 - Apresentei dois textos: um do discurso do cacique Seatle, de uma tribo norte-americana sobre sua impressão dos europeus; outro com questionamentos dos europeus sobre os indígenas em seus diários de viagem. Solicitei leitura e interpretação dos textos, com questões dirigidas.
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Resultados Alcançados: O envolvimento dos alunos no debate e as respostas na atividade proposta demonstraram que os alunos atingiram as habilidades de reconhecimento do encontro entre duas culturas diferentes.
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Nome do Professor(a): Euler José Malveira Silva
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Componente Curricular: Geografia.
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Turma: 1º C
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Evidências:Foto e questionário
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Objeto de aprendizagem do Currículo:. Linguagem Cartográfica.
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Descrição da Boa Prática: Aplicação de questionário de pesquisa sobre a linguagem cartográfica dos mapas. Objetivo: avaliar o conhecimento prévio dos alunos com relação à alfabetização cartográfica.
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Resultados Alcançados: Os resultados da pesquisa demonstraram a defasagem dos alunos com relação às linguagens dos mapas.
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Nome do
Professor(a): Renan
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Componente
Curricular: Sociologia
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Turma: 3ª séries
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Evidências: Registro em diário, ementa digital disponível em
ambientes virtuais.
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Objeto de
aprendizagem do Currículo:
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Descrição
da Boa Prática: Criação de ambientes virtuais para comunicação e
publicização dos assuntos e conteúdos estudados no 1º bimestre. As
ferramentas utilizadas foram um grupo de Whatsapp, com os líderes de cada
turma da 3ª série, e o Google Classroom, onde avisos e envio de atividades
foram feitas periodicamente. Também foi disponibilizado uma ementa virtual
da disciplina, com a indicação das páginas do livro didático que deveriam
ser estudadas durante o bimestre.
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Resultados
Alcançados: Os alunos puderam ter contato de forma antecipada com o material
utilizado no bimestre, podendo se organizarem de forma mais adequada aos
estudos, apesar da abrangência de alunos que acessaram o ambiente virtual
ainda não ser a ideal.
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Podemos notar, para concluir esta exposição, que os quatro trabalhos desenvolvidos tiveram objetivos de ampliar o engajamento do jovem com seu processo de aprendizagem. Os quatro métodos centraram de forma protagonista a ação discente e tiveram resultados adequados do ponto de vista de cada docente. Além disso, as aulas proporcionaram espaços para os alunos (as) participarem de forma ativa dos saberes, fazendo com que os objetos de aprendizagem ganhassem significações e apropriações subjetivas.
Estas práticas são apenas algumas das realizadas pelos professores (as) da área de Ciências Humanas. A intensão com está prática de registro das boas práticas será trabalhada e pretendemos oferecer um repertório maior de métodos e situações de ensino e aprendizagem.
Esperamos que este material possa ser útil e se você tem algum comentário, sugestão, crítica ou ressalva, deixe no campo de comentário desta postagem e vamos fortalecer o diálogo e a democracia nos processos educacionais.
Att.
Prof. Ricardo Lopes.
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