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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Homenagem ao senhor José Lopes, meu querido pai: em ocasião do terceiro ano de seu falecimento

Saudações estimados (as) leitores (as).


Existem muitos textos que escrevemos tendo plena consciência que o leitor que pretendemos atingir não poderá apreciar. Esta é uma dessas ocasiões. Os motivos deste tipo de texto são variados, neste caso em especial, trata-se de motivo oriundo do falecimento de meu querido pai há três anos, completados em 26 de agosto de 2025.


Talvez para algumas pessoas três anos em processo de luto seja adequado para aprender a lidar com a condição, para outros, não. Sinceramente, não saberia dizer em que estágio de luto estou, mas, tenho absoluta certeza de que oscilo entre momentos dilascerantes e momentos enaltecedores.


Os momentos dilascerantes são àqueles nos quais sinto a ausência, ausência física, corpórea, ausência em que uma conversa, um abraço, um sorriso, um olhar, em suma, um indicador de linguagem, permitia eu compreeender centenas de coisas que jamais conseguiria sem eles. Sim, o meu querido pai tinha uma capacidade enorme em atuar sobre a minha consciência. Não apenas pelo que falava, mas, ao contrário, pelas suas atitudes e gestos que muitas vezes diziam mais do que obras inteiras de grandes pensadores (as).


Já os momentos enaltecedores, estes são uma constante, linear, crescente, positiva. A cada dia compreendo melhor que tive uma oportunidade ímpar de ser criado por uma pessoa maravilhosa. Cada momento e cada convivência ficam marcados no que estou e com certeza no que serei. Não consigo imaginar formas de lidar com a morte.


Neste terceiro ano, arrisquei escrever alguns versos, nada de qualidade estética elevada, mas, palavras que utilizo para tentar compreender a minha própria experiência com a perda de um querido e estimado pai, palavras que me apoiei na tradição filosófica e que rocorri à outrem:


Morte: ou o fim?

A morte, um véu robusto que a vida sempre esconde,
Um fim inevitável, um enigma profundo
A Filosofia com as musas, com suas vozes que respondem: 
                "Busca no abismo o sentido do mundo"


Para o sábio que não escreve,
Filosofar é ao morrer se preparar. 
Alma e corpo, um laço que se rompe breve, tão breve
A imortal alma, para o saber voar
                Não temer o fim, mas a vida em si viver


Já em seu jardim, dizia o que busca pela sabedoria, 
"A morte não é nada, pois não nos alcança" 
Sentir é vida, no não-ser a ausência fria, 
Sem dor nem mal, sem temor nem mudança
                Desfrutar o agora, sem buscar a eternidade.


Os serenos, ensinam a aceitar, 
O que o destino impõe, sem vã resistência
No controle das vontades, a paz vamos encontrar, 
Com razão e virtude, na nossa existência 
                Meditar na morte, para bem saber viver


A vida afirmando em tom forte, 
Critica quem um além da vida procura
A dor, o trágico, a eterna dança da morte, 
Arte e criação, na essência mais pura
                Esculpir a si mesmo, obra viva a florescer.


A angústia desvendando, 
"ser-para-a-morte," a finitude a nos chamar
Na liberdade da escolha, a essência se criando, 
Um projeto no mundo, antes de findar
                A consciência do fim, um olhar autêntico nos traz.




Querido pai, sinto a sua falta e tenho presente o senhor. A morte findou, mas não finalizou.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

26/08/2024 ‐ Homegem aos dois anos da morte de meu mestre

 


Saudações.


De antemão gostaria de me desculpar pelos erros de gramática, semântica e/ou outros que cometa neste texto. Nesta ocasião permiti a emoção tomar o lugar das mãos que digitaram o texto, sem revisão ou releitura, assim, quem sabe, algo mais puro da psiquê seja expresso.


Hoje, dia 26 de agosto de 2024, a data é demasiadamente triste, ao menos para mim. Faz dois anos que estou privado da relação com o meu maior mestre, o meu querido pai José. Ainda tenho a enorme alegria de ter minha maior mestra, minha querida mãe Célia, da qual espero ter longa experiência e muitas lições, mas, infelizmente, hoje, longe de meu amado pai.


A vida nos proporciona pessoas especiais para nos fornecer oportunidades de aprender, foi muita alegria ter o privilégio de nascer filho do Zé! Foi meu pai que ensinou que muitas vezes a nossa existência sofre, mas, em todas essas experiências estamos ao lado de pessoas que fazem tudo valer a pena.


Ele lutou para conseguir oportunidades para si, mas cada oportunidade que conquistou o levou a compartilhar os frutos com os outros. Ele lutou várias batalhas sozinho, a maioria ao lado de sua esposa, minha querida mãe, muitas com seus filhos, meus queridos irmãos e eu, mas, com certeza ele dividiu tudo para melhorar este mundo através de cada pessoa que pode atingir. Atingiu muita gente, felizmente!


Meu querido pai permitiu que eu entendesse com muita nitidez que educação e sabedoria não dependem de escolaridade, mas, dedicou a sua vida inteira para que meus irmãos e eu pudéssemos desfrutar da melhor escolarização, da melhor educação e da melhor sabedoria. O que mais um pai deve ofertar aos seus filhos?


Houve épocas de abundâncias materiais e outras de escassez. No entanto, nunca houve época de escassez de amor, companheirismo, amizade, dedicação e alegria. Leciono há mais de uma década filosofia, mas, confesso que a lição que mais tento valorizar é a humanização e esta "matéria" aprendi com meus mestres de casa. O meu querido pai era amigo das pessoas simples e das pessoas complexas, era amigo daqueles que não tiveram oportunidades e de quem teve muita oportunidade, era amigo de alguém que via pela primeira vez e de quem conhecia por décadas. Amizade, no sentido que proponho aqui, era respeitar integralmente, nunca se colocou acima de ninguém e jamais permitiu ficar abaixo de ninguém. Existe algo mais humano que isso?


Muitas vezes recebemos o que nos oferecem, muitas vezes oferecemos para os outros, por isso a grande pergunta: se não temos controle do que recebemos, então nosso esforço deve se concentrar em quê?


Neste segundo ano desde a perda confesso que ainda não superei tudo que passamos. Sinceramente, hoje, não penso mais em superar. Nada poderá amenizar a tristeza e a saudade, nada vai substituir o abraço e a boa prosa. Nada vai superar o amor que vivemos em forma de cotidiano. Não há arrependimento e não há o que eu não tenha dito que ele não sabia. Essa tristeza que está comigo é uma tristeza que levarei até o fim dos meus dias, porquê se não for deste jeito seria muito estranho, seria desumano.


Meu querido pai, sinto tanto a sua falta que converso com você, peço conselhos e troco miudezas com o vento. De alguma forma sei que está aqui, como algo espiritual místico ou simplesmente porquê somos uma só coisa de alguma maneira. Na verdade, tudo que você construiu tornou eterna a sua existência e isso conforta cada lágrima deste rosto que lhe escreve essa pequena homenagem. Queria ter palavras melhores para expressar a verdade toda, mas, enquanto não possuo, escrevo com toda a verdade que cabe nas que tenho agora.


Pai, você está aqui. Sempre estará!


sábado, 26 de agosto de 2023

Em memória de José Lopes

Em memória do meu amado pai,

Hoje, o dia amanhece triste, repleto de saudade e lembranças, pois marca um ano da partida do meu querido pai. É difícil descrever em palavras o tamanho da dor que sentimos com sua ausência, mas também é impossível ignorar a imensa alegria que carrego no coração por ter tido a sorte de ser seu filho. Eu sei que você não pode ler minha homenagem neste momento, mas tenho certeza que quando podia sabia do amor que eu tenho por ti.

Meu pai, você foi a minha maior referência de amor, sabedoria, amizade e integridade. Cada gesto, cada conselho e cada olhar eram repletos de ternura, sensatez, respeito e dedicação. Você foi meu herói, um Odisseu, e minha fonte de inspiração permanente.

Lembro-me dos momentos que compartilhamos juntos, das risadas, dos abraços apertados e das lágrimas que que vivemos juntos em momentos de dificuldade. Sua presença significava segurança e conforto, e hoje sinto sua falta de uma maneira avassaladora.

Você sempre foi um exemplo de honestidade, bondade e resistência. Mesmo diante das adversidades, você enfrentava a vida com coragem e determinação, demonstrando uma força hercúlea. Os valores que me transmitiu são um legado que carregarei comigo por toda a minha existência. Viver deve ser alegre!

Saudades, meu pai, são as palavras que ecoam em meu peito. Mas, apesar da dor da sua ausência, sou feliz por cada momento que compartilhamos juntos, por cada lição aprendida ao seu lado. Seu amor moldou a pessoa que sou hoje, e a falta que você faz só prova a sua grandiosidade.

Neste dia que marca um ano da sua partida, prometo honrar sua memória vivendo uma vida repleta de amor, coragem e compaixão. Você sempre estará comigo, mesmo que não possamos nos abraçar fisicamente.

Meu querido pai, sua partida deixou um vazio que jamais será preenchido, mas também me deixou com a certeza de que o amor verdadeiro transcende a morte. Sua presença estará sempre comigo, em cada desafio que superar, em cada vitória que alcançar, em cada derrota e em cada tristeza. 

Hoje, mais do que nunca, quero agradecer por ter sido agraciado com sua presença em minha vida. Você sempre será amado e lembrado, cada dia, até o fim de minha existência.

Com amor eterno,

Ricardo de Jesus Lopes 

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