Saudações estimados (as) leitores (as).
Existem muitos textos que escrevemos tendo plena consciência que o leitor que pretendemos atingir não poderá apreciar. Esta é uma dessas ocasiões. Os motivos deste tipo de texto são variados, neste caso em especial, trata-se de motivo oriundo do falecimento de meu querido pai há três anos, completados em 26 de agosto de 2025.
Talvez para algumas pessoas três anos em processo de luto seja adequado para aprender a lidar com a condição, para outros, não. Sinceramente, não saberia dizer em que estágio de luto estou, mas, tenho absoluta certeza de que oscilo entre momentos dilascerantes e momentos enaltecedores.
Os momentos dilascerantes são àqueles nos quais sinto a ausência, ausência física, corpórea, ausência em que uma conversa, um abraço, um sorriso, um olhar, em suma, um indicador de linguagem, permitia eu compreeender centenas de coisas que jamais conseguiria sem eles. Sim, o meu querido pai tinha uma capacidade enorme em atuar sobre a minha consciência. Não apenas pelo que falava, mas, ao contrário, pelas suas atitudes e gestos que muitas vezes diziam mais do que obras inteiras de grandes pensadores (as).
Já os momentos enaltecedores, estes são uma constante, linear, crescente, positiva. A cada dia compreendo melhor que tive uma oportunidade ímpar de ser criado por uma pessoa maravilhosa. Cada momento e cada convivência ficam marcados no que estou e com certeza no que serei. Não consigo imaginar formas de lidar com a morte.
Neste terceiro ano, arrisquei escrever alguns versos, nada de qualidade estética elevada, mas, palavras que utilizo para tentar compreender a minha própria experiência com a perda de um querido e estimado pai, palavras que me apoiei na tradição filosófica e que rocorri à outrem: