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domingo, 19 de dezembro de 2021

O uso dos Roteiros de Estudo em situações formais de escolarização


Apresentação

O contexto da pandemia exigiu dos docentes converter muitas das situações que realizamos em sala de aula em roteiros escritos, uma vez que estávamos com o nosso contato com os discentes reduzidos devido às adequações para uma escolarização que enfrentasse os desafios deste momento.

Um dos grandes desafios dos anos letivo de 2020 e 2021 foi criar roteiros de estudo que pudessem ser disponibilizados para os alunos (as/es) em uma ocasião e mediar o modo como eles (as) iriam desenvolver sem a nossa presença física ou virtual.

Para solucionar este desafio, construímos e tentamos sistematicamente melhorar os roteiros de estudo ao longo do ano letivo e mesmo com as voltas de aulas presenciais, em momentos com limitações de alunos (as/es) por sala, depois com ampliações e posteriormente integralmente, estes roteiros foram instrumentos fundamentais para planejar, desenvolver e articular as situações de ensino e de aprendizagem.

Aqui, nesta ocasião, irei explorar características que me parecem fundamentais para o sucesso alcançado ao longo deste período até aqui. Evidentemente ainda há muito o que melhorar, mas estes mecanismos que serão expostos ajudaram muito no cotidiano.

A estrutura de organização dos Roteiros de Estudo

Cabeçalho:

Deveria conter o nome da escola, o título/nome do roteiro em questão, a disciplina, o nome do professor responsável, quais turmas devem realizar este roteiro, o período em que as atividades deveriam ser realizadas e a carga horária que estava prevista para o cumprimento da proporcionalidade de carga legal.
Exemplo:

[Imagem ilustrativa extraída para representar o cabeçalho utilizado nos Roteiros de Estudo em 2021]


Saudações:

A saudação cumpria uma função de aproximação com os discentes, era uma ocasião de “conversar” com eles, expondo as condições para a realização do Roteiro e se colocando ao lado para o melhor aproveitamento possível.
Exemplo:

[Imagem ilustrativa das boas-vindas ao trabalho remoto/híbrido para o ano letivo de 2021]


Resumo Geral:

O Resumo geral visava sistematizar o que se espera que os alunos (as/es) realizem. Ou seja, para aqueles que poderiam ficar ansiosos ou perder informações em uma leitura corrida do arquivo completo, o resumo deveria destacar aquilo que era essencial para o melhor entendimento da situação de aprendizagem.
Exemplo:

[Imagem ilustrativa dos passo a passo estipulados como resumo geral nos Roteiros de Estudo de 2021]


Contextualização:

A contextualização possui a função de revelar as perspectivas epistêmicas que legitimam o objeto de estudo proposto no currículo e transformado em situação de aprendizagem. Assim sendo, parece relevante expor de modo explicativo o porquê estudamos o que estudamos.
        Exemplo:

[Imagem ilustrativa de tentativas de contextualização dos estudos que seriam realizados nos Roteiros de Estudo em 2021]


Orientação para o momento presencial no Roteiro de Estudo:

Para demonstrar o que pretendo realizar nas aulas presenciais descrevi brevemente o que e como pretendia encarar a temática. Além disso, para auxiliar no registro dos alunos (as/es) já disponibiliza o título da aula que seria ministrada, permitindo que cada estudante tenha controle de seu processo de compreensão em momentos híbridos ou presenciais.
        Exemplo:

[Imagem ilustrativa das primeiras aulas presenciais propostas ainda no contexto de um ensino escolar híbrido em 2021]


Atividade:

A seção atividade visava apresentar uma dimensão prática de enfrentamento de determinado objeto de estudo, ou seja, a leitura e estudo de um texto selecionado ou de um objeto de aprendizagem que exigisse a reflexão e o pensamento crítico acerca da temática e a autonomia para lidar com o seu próprio processo de aprender. No final deste processo de estudo é proposta uma ou mais questões para verificar o entendimento, ou, ainda, para apoiar no desenvolvimento da interpretação do objeto estudado.

Ainda, precisamos considerar de modo muito decisivo a importância da atividade para que o professor volte a estar perto dos modos pelos quais os alunos (as/es) estão compreendendo as situações de ensino e permitindo uma crítica ao próprio trabalho para potencializar as situações de formação.
Exemplo:

[Imagem ilustrativa para representar as solicitações de atividades nos Roteiros de Estudo de 2021]


CMSP - Organizando os tempos de aulas assistidas dos alunos (as/es):

Ao longo do enfrentamento da pandemia, a ferramenta do Centro de Mídias de São Paulo, CMSP, foi muito utilizada para tentar assegurar um acesso mais próximo do universal possível e para permitir que apesar das distâncias físicas pudéssemos caminhar juntos nos processos de aprendizagem.

É evidente que não poderíamos deixar os alunos (as/es) sozinhos neste processo de assistir aulas produzidas pela Secretaria da Educação, por isso, incluímos em nossos roteiros um modo especial de trabalhar as aulas disponibilizadas via CMSP. Desta forma garantimos possibilidades de aprendizagem férteis para o desenvolvimento pleno nas mais variadas formas de contextualização que cada aluno (a/e) estava vivenciando ao longo da pandemia.
Exemplo:

[Imagem ilustrativa da proporcionalidade entre as aulas que deveriam ser assistidas e a jornada escolar que deveria ser cumprida em 2021]


Considerações finais

Mesmo enfrentando muitos desafios impostos pela pandemia nós professores (as) não deixamos que nossos alunos (as/es) ficassem sequer uma aula sem amparo. Utilizamos todos os recursos possíveis para construir sistematicamente situações de ensino e de aprendizagem.

Embora ainda exista muito o que fazer, não podemos negar o sucesso alcançado diante de tamanho desafio. Nós conseguimos em grande parte amparar os nossos discentes para que desenvolvessem sua formação mesmo em momentos inóspitos.

Espero que esta publicação seja útil para vocês nobres leitores (as).
Atenciosamente.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Boas Práticas da Área de Ciências Humanas (Parte IV)

 

Do ponto de vista acadêmico uma das maneiras de posicionar uma pesquisa diante da comunidade científica é divulgar entre seus pares. Com a contribuição crítica dos comentários, das revisões e das apreciações pelos pares o pesquisador (a) ganha referências para continuar construindo sua trajetória intelectual.

Para nós educadores (as) e professores (as) divulgar boas práticas pode ter um sentido similar. Ao divulgar as nossas ações educacionais formativas abrimos caminhos para que os pares dialoguem conosco em nome do avanço de nossas ações. 

Por isso, neste momento, parece-nos importante significar uma prática estimulada em nossa instituição de registrar para os Coordenadores de área e para o Coordenador Geral as boas práticas desenvolvidas, ampliando o escopo de nossa visibilidade. Expor para o público geral, constituído por pares e por qualquer outro interessado, nossas realizações pode significar uma expressão de confiabilidade de nosso trabalho, assim como abre a perspectiva de que posicionamentos críticos refinem o nosso fazer formativo.

Valendo-se de uma dinâmica democrática, disponibilizar publicamente as nossas práticas pode abrir uma possibilidade de diálogo com a comunidade docente e com a comunidade geral, exaltando valores de participação na construção de processos educativos desenvolvidos em escolas públicas. 

Evidentemente, as práticas que iremos expor estão alicerçadas em convicções e fundamentos academicamente construídos ao longo de nossa formação acadêmica e de nossa fazer cotidiano, o que busca legitimar a eficácia dos métodos utilizados para cumprir as finalidades de nosso ofício sendo então consolidadas em diversas formas de legislações vigentes, de saberes científicos consagrados e de experiências exitosas nas práticas educacionais.

Nesta terceira publicação contamos com a contribuição de alguns professores (as) da área de Ciências Humanas da E.E. Alberto Torres, sendo: Professora Regina (História), Professora Mara (Geografia), Professor Renan (Sociologia), Professor Alexandre (Filosofia) e Professor Ricardo (Filosofia).

O registro que segue está no formato que utilizamos na instituição:

Professora Regina:



Acesse o link: Clique aqui

Professora Mara:



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Professor Renan:



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Professor Alexandre:



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Professor Ricardo:



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Agradeço muito sua leitura e espero que tenha contribuído para o seu processo de reflexão.
Atenciosamente.

Reflexões sobre o uso do Google Classroom (Parte 1)


Apresentação

A tecnologia tem sido cada vez mais incorporada em esferas sociais tradicionais e a velocidade na qual isto está acontecendo é vertiginosa. Nas últimas décadas a educação tem sido prudente e cautelosa na incorporação da tecnologia em sala de aula, refletindo sistematicamente sobre potenciais, sobre impactos benéficos e sobre impactos maléficos.

Cada nova ferramenta que surgiu nestes últimos tempos exige de nós profissionais da educação momentos de experiências controladas antes de incorporar ao trabalho rotineiro, visando impactar na formação de forma consciente. Assim, neste espírito cauteloso, o Google Classroom (Google Sala de Aula) já estava presente em muitas práticas docentes, inclusive deste que vos escreve. A partir de 2020 com a rápida proliferação e descontrole da pandemia as escolas necessitam restringir suas atuações e em determinados momentos de exclusiva interação on-line para respeitar o distanciamento social exigido para controle da pandemia. Nós, professores (as), precisamos interromper as nossas práticas rotineiras, necessitamos “mergulhar” nas ferramentas tecnológicas para não ficar ausentes das vidas de nossos estudantes.

Foi neste contexto que produzi uma série de experiências que compartilho aqui, especialmente focando no uso do Google Classroom. Infelizmente esta experiência não foi uniforme e constante, uma vez que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo nos colocou diante de condições multifacetadas, às vezes de forma gradual e outras de forma abrupta.

Diante das mudanças constantes foi possível testar a flexibilidade da ferramenta tecnológica Google Classroom para enfrentar diferentes contextos - ensino remoto, ensino híbrido, ensino presencial, além de todas as gradações entre as categorias.

O Google Classroom

O Google Classroom é uma ferramenta desenvolvida pela plataforma Google que permite a criação de salas de aula virtuais cuja ideia central é unificar em um mesmo ambiente todos os recursos de ensino e aprendizagem.

Talvez seja pertinente reafirmar que o uso desta plataforma se justifica pela facilidade de acesso, a possibilidade de organização de trabalho colaborativo e a ampla possibilidade de acessar em diferentes dispositivos (tais como celular, tablet, notebook, desktop, etc).

De modo geral, cada sala de aula criada nesta plataforma gera uma página de acesso restrito, para ter controle discente, onde estão disponíveis uma subdivisão de quatro seções. O primeiro é o Mural, que aparece como primeira página, em segundo uma área de organização de Atividades, a terceira onde encontramos informações sobre os alunos (as/es) e professores (as) na sala chamada Pessoas e, por fim, uma seção de organização de Notas.

O mural como instrumento de organização e comunicação cronológica

Sem dúvida uma das grandes complexidades que a incorporação da tecnologia nos processos de ensino e aprendizagem estão em torno dos tempos de realização das situações, nos tempos das experiências subjetivas, nos tempos de experiência coletiva e nos tempos relacionados para a realização da formação planejada.

Diante de um contexto de crise social que teve como principal impacto o distanciamento para criar uma dificuldade física para a proliferação do vírus, o mundo virtual aparecia como uma enorme possibilidade para superar as dificuldades impostas para a realização da rotina comum, utilizando os instrumentos como alternativas para realizar as práticas anteriores apenas com o uso das tecnologias. 
Como seria possível manter uma experiência tradicional de formas não tradicionais? Podemos dizer que esta foi a primeira grande questão que enfrentamos nesta pandemia.

Para conseguir realizar algo parecido com a rotina da escola, o trabalho com o instrumento Google Classroom pareceu um caminho direto. O aplicativo permite que se crie salas de aula, para cada turma, o que alinha de algum modo a experiência virtual com a prática tradicional do ambiente escolar. Tal como pode ser observada na imagem abaixo:

[Imagem de visão das disposições das salas de aula do Professor Ricardo para o ano de 2021]

O uso destas salas de aula permitem ao professor (a) construir uma relação com os discentes, comunicando instrumentos de aprendizagem, apresentar e compartilhar informações, expor ideias, criar espaços de debates de ideias, propor reflexões orientadas, passar recados do cotidiano, chamar e divulgar a aula síncrona, etc. Estes recursos que fazem parte do chamado “MURAL” do Google Classroom permitiu de alguma maneira a manutenção destas estruturas, espaços, ênfases e tempos.

No mural as informações são publicadas em sequência cronológica, ficando sempre em primeiro lugar, no topo da página a mais recente, ou seja, os comunicados ficavam sempre atualizados em cada entrada discente.

Além da organização cronológica, o uso de postagens que compõem o mural permitiu que se valoriza-se a linguagem escrita preocupada em minimizar conflitos interpretativos, em maximizar a elucidação através de recursos linguísticos verbais e não verbais e permitiu o anexo nas mensagens de outras naturezas - como áudios, vídeos, imagens, etc. Cabiam, ainda, arquivos e espaços para construção colaborativa e possibilidades de incorporar todos os demais recursos disponíveis na internet que estão ao alcance de nosso acesso.

Particularmente no exercício de minha atuação, pareceu-me importante ser o mais procedimental e explicativo que a linguagem escrita me permitia para deixar claro os objetivos e os resultados buscados em cada situação, tal como focamos na oralidade de sala de aula tradicional.

Todo este engajamento visava alcançar o objetivo de conscientizar os alunos (as/es) sobre o que fazer, como fazer e porquê fazer, fazendo-os sentirem com a nossa presença mesmo que de forma indireta ou mediada pela tecnologia.

Quase sempre era preciso considerar que cada aluno (a/e) iria acessar as comunicações de modos muito distintos, de acordo com os seus recursos e, por isso, deveria engajar todo o esforço do trabalho para que todos reconhecessem quem estava falando com eles (as/es) diretamente, mesmo sabendo que isto não seria plenamente possível.

    
[Imagens extraídas como exemplo de uma sala do ano de 2021 do professor Ricardo]

A organização bimestral das situações de ensino e aprendizagem através de roteiros de estudo

Um dos grandes desafios para que os alunos (as/es) participassem de modo consciente era deixar nítido que existia uma sequência que deveria ser seguida para que houvesse uma progressão mediada, uma sequência didática, ou uma trilha de aprendizagem. A sequência é importante para que fossem contempladas e estruturadas as habilidades que estavam no objetivo de cada ocasião.

Sendo assim, pareceu importante sempre elucidar de modo sistemático as etapas que deveriam ser cumpridas para o melhor aproveitamento das situações que planejei para nossos alunos (as/es).

Abaixo é possível observar um exemplo realizado no primeiro bimestre de como organizei as situações de aprendizagem:
[Imagem ilustrativa do Google Classroom, recortado para elucidar a sequência de um bimestre]

Ainda, como não bastava apenas manter uma estrutura de disposição dos roteiros em ordem, parecia relevante expor sempre as explicações e procedimentos com o mesmo tipo de organização sequencial, valorizando o cumprimento de todas as etapas para a realização plena de todas as potencialidades oferecidas neste recurso.

Para cada Roteiro existia um plano de realização, passo a passo, onde os alunos (as/es) podem visualizar o que se espera de suas ações que promovam aprendizagem. Abaixo é possível verificar o modo pelos quais estruturei estas explicações inerentes a cada roteiro:
 
[Imagem ilustrativa de orientação procedimental para realizar o Roteiro de Estudo]

Interações com alunos (as/es)

Na seção Pessoas do Google Classroom é possível notar de forma organizada os responsáveis pela turma e os alunos (as/es) que estão dentro de sala. É importante ressaltar que esta ferramenta possibilita o envio de mensagens individualizadas. Como cada pessoa na sala está cadastrada através de seu e-mail, quando selecionamos dentro desta plataforma enviar mensagem para aluno (a/e), estamos enviando e-mail exclusivamente para o selecionado.

Assim, através desta possibilidade foram possíveis diálogos para sondar ausências, para sondar dificuldades, para enviar comunicados personalizados e criar uma relação mais humanizadas, uma vez que retira a dimensão "mecânica" de outras partes da plataforma.

[Imagem ilustrativa do campo Pessoas no Classroom]


Os registros de notas

Neste ambiente ficam disponíveis todas as tarefas entregues pelos alunos (as/es), as entregas com atraso, as notas atribuídas pelo docente e resultados que representam indícios importantes para o planejamento docente.

Tendo em vista que o processo de avaliação serve, de modo geral, para o professor mapear o impacto que as situações que está propondo produzem. Ainda, é possível intervir em casos pontuais, interagindo e buscando auxiliar os alunos (as/es) que necessitam de alguma atenção especial.

Além dos aspectos pedagógicos, é preciso salientar a importância desta ferramenta como registro dos processos de ensino e aprendizagem propostos, tal registro permite a difusão e multiplicação para deixar o processo transparente e atuar de forma simplificada para articular ações enquanto unidade escolar.

[Imagem de representação do espaço de notas do Classroom].


Considerações finais

Neste texto procurei elencar as estruturas gerais de funcionamento e uso da plataforma Google Classroom na dinâmica do ano letivo de 2021 na E.E. Alberto Torres, na disciplina de Filosofia, sob a minha responsabilidade.

Este contexto foi um desafio enorme imposto pela pandemia, mas, com o auxílio dos colegas enfrentamos e construímos caminhos para buscar soluções para as demandas daqui. Além disso, muitas superações de formação foram necessárias, uma vez que diante da enxurrada de ferramentas, precisamos conhecer para selecionar os melhores recursos.

Por fim, espero que este texto possa ter sido útil para aqueles (as) que ainda não utilizaram esta plataforma, ou que tiveram usos restritos. Através desta exposição, parece-me que aos colegas ficam ao menos disponíveis possibilidades de reflexões e potencialidades deste recurso virtual para situações de formação básica.

Atenciosamente.

domingo, 15 de dezembro de 2019

Boas Práticas da Área de Ciências Humanas (Parte III)

Do ponto de vista acadêmico uma das maneiras de posicionar uma pesquisa diante da comunidade científica é divulgar entre seus pares. Com a contribuição crítica dos comentários, das revisões e das apreciações pelos pares o pesquisador (a) ganha referências para continuar construindo sua trajetória intelectual.

Para nós educadores (as) e professores (as) divulgar boas práticas pode ter um sentido similar. Ao divulgar as nossas ações educacionais formativas abrimos caminhos para que os pares dialoguem conosco em nome do avanço de nossas ações. 

Por isso, neste momento, parece-nos importante significar uma prática estimulada em nossa instituição de registrar para os Coordenadores de área e para o Coordenador Geral as boas práticas desenvolvidas, ampliando o escopo de nossa visibilidade. Expor para o público geral, constituído por pares e por qualquer outro interessado, nossas realizações pode significar uma expressão de confiabilidade de nosso trabalho, assim como abre a perspectiva de que posicionamentos críticos refinem o nosso fazer formativo.

Valendo-se de uma dinâmica democrática, disponibilizar publicamente as nossas práticas pode abrir uma possibilidade de diálogo com a comunidade docente e com a comunidade geral, exaltando valores de participação na construção de processos educativos desenvolvidos em escolas públicas. Evidentemente, as práticas que iremos expor estão alicerçadas em convicções e fundamentos academicamente construídos ao longo de nossa formação acadêmica e de nossa fazer cotidiano, o que busca legitimar a eficácia dos métodos utilizados para cumprir as finalidades de nosso ofício sendo então consolidadas em diversas formas de legislações vigentes, de saberes científicos consagrados e de experiências exitosas nas práticas educacionais.

Nesta terceira publicação contamos com a contribuição de alguns professores (as) da área de Ciências Humanas da E.E. Alberto Torres, sendo: Professora Regina (História), Professor Euler (Geografia), Professor Renan (Sociologia) e Professor Ricardo (Filosofia).

O registro que segue está no formato que utilizamos na instituição, cumpre a finalidade de expor em linhas gerais o procedimento e é de certa forma uma narrativa:


Nome do Professor(a): Euler José  Malveira Silva
Componente Curricular: 
Turma:  1ª Séries 
Evidências: 
Projeto interdisciplinar entre as áreas de conhecimentos de humanas e linguagens - Rolê no Parque” 
Objeto de aprendizagem do Currículo:
Linguagem Cartográfica 
Descrição da Boa Prática: 
Confecção de mapa com o roteiro a ser percorrido pelos alunos, aplicação de questionário de observação das áreas  do entorno do parque com destaque a elementos que caracterizam o processo de segregação socioespacial e exclusão social. 
Resultados Alcançados: 
Registros das observações feitas durante o percurso realizado, elaboração de folder e croqui. 


Nome do Professor(a): Regina Maria Acquarone
Componente Curricular: História
Turma:   2As séries A, B e C
Evidências: Trabalho escrito e slides de apresentação dos alunos.

Objeto de aprendizagem do Currículo: Influências das ideias iluministas na colônia portuguesa e nas lutas pela independência: Rebeliões Coloniais.
Inconfidência Mineira, Revolta dos Alfaiates, Revolta de Beckman, Guerra dos Mascates.
Descrição da Boa Prática:
Proposta: pesquisa, apresentação e quizz sobre os temas.
Organização dos alunos em grupos de 4 a 5 alunos.
Sorteio dos temas  ou, em consenso na sala, cada grupo escolheu o seu tema.
Apresentação de roteiro de pesquisa.
Resultados Alcançados:
 Maior parte dos grupos entregaram as pesquisas e apresentaram.
Envolvimento dos alunos na apresentação e respondendo às questões.
A sala participou e conseguiu compreender a relação entre as rebeliões, o iluminismo e a luta pela independência.
Bom resultado na questão do provão relativa ao tema.

Nome do Professor(a): Renan Lucio
Componente Curricular: Sociologia.
Turma:  1ª séries.
Evidências: Registro em diário, sequência de aulas disponíveis em sala virtual do classroom.
Objeto de aprendizagem do Currículo: Distinguir as diferentes abordagens sociológicas do conceito de classe social.
Descrição da Boa Prática: A prática consiste em sequências didáticas de duas (2) aulas. A primeira aula foi conceitual e expositiva, para que os alunos pudessem aprender e expor suas dúvidos acerca do tema e da habilidade. A segunda aula consistiu em uma lista de exercícios, resolvidos coletivamente em agrupamentos de alunos. Todas as questões eram discutidas, promovendo assim uma retomada da aula anterior. Como registro, os alunos deveriam anotar as respostas que escolheram como a mais correta, e se fosse necessário, anotar a resposta mais adequada. Todo o material ficou disponível na sala virtual, podendo ser acessado e consultado a qualquer momento.
Resultados Alcançados: Os alunos ficaram muito engajados com as aulas distribuídas em sequências de duas aulas, principalmente na segunda aula, que resolviam coletivamente os exercícios acerca da primeira aula. Acredito que os resultados das provas bimestrais refletem um bom aproveitamento das turmas de 1ª série durante as aulas das sequências didáticas expostas neste documento.

Nome do Professor(a): Ricardo de Jesus Lopes
Componente Curricular: Filosofia
Turma:   2ª Série A;B;C.
Evidências:
Produções de textos utilizados como a avaliação do bimestre.
Objeto de aprendizagem do Currículo:
A relação entre homens e mulheres.
Habilidade: Analisar a condição dos seres humanos a partir de reflexão filosófica sobre diferenças e igualdades entre homens e mulheres.
Descrição da Boa Prática: Debate orientado.
Após as leituras dos textos selecionados como bibliografia básica, a explicação de Silvio Gallo acerca da filosofia de Foucault e de S. Beauvoir, os alunos (as) foram engajados a debater a validade das explicações filosóficas em casos reais.
Cada aluno (a) foi convidado a expor uma narrativa vivida ou fictícia onde poderiam ser ilustradas as ideias estudadas de modo oral, submetendo-se a avaliação coletiva da compreensão dos conceitos estudados e dialogando de modo crítico sobre os níveis de entendimento e as possibilidades interpretativas.
Resultados Alcançados:
Os alunos (as) puderam se apropriar de modo crítico de elementos estudados através de leituras, realizando um esforço de aplicação conceitual na realidade, descrevendo situações e elaborando a subjetivação do conteúdo estudado como forma de contextualizar de modo pessoal.
O resultado final foi o entendimento pleno de conceitos fundamentais para a discussão das relações contemporâneas que envolvem as identidades de gênero. Os alunos (as) demonstraram oralmente e de forma escrita uma capacidade elevada de reflexão argumentada sobre a temática.

Podemos notar, para concluir esta exposição, que os quatro trabalhos desenvolvidos tiveram objetivos de ampliar o engajamento do jovem com seu processo de aprendizagem. Os quatro métodos centraram de forma protagonista a ação discente e tiveram resultados adequados do ponto de vista de cada docente. Além disso, as aulas proporcionaram espaços para os alunos (as) participarem de forma ativa dos saberes, fazendo com que os objetos de aprendizagem ganhassem significações e apropriações subjetivas.

Estas práticas são apenas algumas das realizadas pelos professores (as) da área de Ciências Humanas. A intensão com está prática de registro das boas práticas será trabalhada e pretendemos oferecer um repertório maior de métodos e situações de ensino e aprendizagem.

Esperamos que este material possa ser útil e se você tem algum comentário, sugestão, crítica ou ressalva, deixe no campo de comentário desta postagem e vamos fortalecer o diálogo e a democracia nos processos educacionais.

Prof. Ricardo Lopes.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Trajetória de um trabalho na sala de leitura: Professora Gláucia Bardella







Na E.E. Alberto Torres, a Professora Gláucia Bardella desenvolve um trabalho muito interessante através da sala de leitura. A Professora procura manter uma prática ativa, onde busca engajar os alunos (as) no uso da Biblioteca e Sala de Leitura, divulgando as obras ali presentes, além de auxiliar em trabalhos de disciplinas e de eventos que envolvem toda a escola.


A sala de leitura nem sempre recebe o devido prestígio, mas, a Professora Gláucia é uma prova de que é preciso lutar pela manutenção das bibliotecas e sala de leitura porque causam impacto na vida dos alunos (as) tanto na perspectiva acadêmica quanto na perspectiva do desenvolvimento pessoal.

A primeira preocupação da Professora responsável pela sala de leitura é na manutenção e cuidado do acervo, trabalho que a Professora Gláucia desenvolve e busca envolver a participação dos alunos (as), para que eles tenham contato com a importância do cuidado do patrimônio cultural presente nos livros.


A participação dos alunos (as) na organização do acervo permite que eles (as) tomem contato com obras diversas, coisas que talvez nem imagem que existam, por isso, é importante que além do responsável pelo espaço, os alunos (as) possam explorar o rico material que está em uma biblioteca.

Podemos observar algumas alunas desenvolvendo este trabalho em conjunto com a Professora Gláucia, no caso estão tendo a oportunidade de tomar contato com aquilo que no mundo acadêmico é chamado de obras de referência, os dicionários de Línguas e Técnicos que todo estudante precisa ter fácil acesso para desenvolver um melhor aproveitamento de seu tempo.








Os acervos estão organizados por áreas e por temas. Como pode ser observado nas imagens, contamos na escola com uma gama de títulos que nos proporcionam um material extra para trabalhar. É evidente que como toda boa biblioteca gostaríamos de ampliar sistematicamente o nosso acervo, fazendo dela um ambiente ainda mais fértil.

Sem dúvidas este é um ambiente muito agradável, não acha? As fotos deixam evidente o esforço da Professora em cuidar deste importante e nobre ambiente que é a casa de todo estudante.


Além de organizar o acervo no espaço, outro processo muito importante é a organização e seleção de material de cunho pedagógico. A Professora Gláucia auxilia os demais professores (as) da escola a selecionar obras que estão disponíveis e possam satisfazer aos interesses pedagógicos-acadêmicos.





O contato com os alunos (as) é também de fundamental importância, para que eles (as) se sintam bem no ambiente da Biblioteca e Sala de Leitura.












O apoio aos projetos da Escola é carinhosamente realizado pela Professora e pelos alunos (as) no ambiente da sala de leitura e biblioteca:








Trabalhos de disciplinas e aulas desenvolvidas no ambiente da sala de leitura e biblioteca:

































Por fim, é importante destacar a importância da Sala de Leitura e da Biblioteca para o bom desenvolvimento de práticas pedagógicas, valorizando a produção dos alunos (as), professores (as) e especialmente a brilhante contribuição que a (o) docente responsável realizam. 

A Professora Gláucia é a prova de como ser participativa e engajada pode melhorar o desenvolvimento das metas da escola e o desenvolvimento intelectual, acadêmico e moral de nossos alunos (as).


Texto produzido por Prof. Ricardo Lopes
Todas as Fotos foram cedidas pela Professora Gláucia que concordou e autorizou esta publicação.

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